sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Memórias: Iara Zamboni uma das mais tradicionais Porta-Bandeiras de Paranaguá.

Vamos hoje evidenciar umas das grandes personalidades do mundo do samba de nossa cidade, Iara Zamboni.
Cada um tem o seu espaço, e Iara nos contou como foi adquirindo o seu, acompanhe a nossa matéria.
Iara Zamboni, como é conhecida, tradicional Porta-bandeira de Paranaguá, iniciou sua trajetória carnavalesca em 1980 na Acadêmicos do Litoral, desfilando como componente de ala, Iara ainda nos contou que nesse ano a cantora Gretchen participou do desfile e a escola foi a Campeã.
Do período de 1980 a 1987, Iara passou por diversas escolas como: Acadêmicos do Litoral, Flor da Mocidade, Leão do Litoral e Junqueira, sendo componentes de ala, destaque de chão e de carro.
Mas foi em 1988 que iniciou sua grande paixão, a de ser Porta-bandeira. A convite de Antoninho Sabiá, que a viu em um pagode, Iara conduziu o pavilhão da extinta Águias de Ouro, onde permaneceu até 1994.
Iara e seu Mestre-sala no desfile do Carnaval 2018 pela União da Ilha
Em 1995 Iara não desfilou, devido sua gravidez. Mas em 1998, Iara assumiu o posto de Porta-bandeira da Unidos da Ponta do Cajú.
De 2000 a 2003, Iara defendeu o pavilhão da Mocidade Unida do Jardim Santa Rosa. E em 2004 a convite de Tino Zella e Nilo Monteiro, se tornou a Porta Bandeira do Grêmio São Vicente, onde permaneceu até 2008.
Ficou dois anos sem desfilar, mas em 2011 voltou, defendendo o pavilhão da Filhos da Gaviões.
Já em 2012, Iara retornou para a Ponta do Caju onde permaneceu até 2017.
E desde 2018 é a Porta Bandeira da União da Ilha.
Como falamos anteriormente, Iara iniciou no carnaval desfilando em alas, já foi destaque de chão e de carro, mas em 1988 foi sua estreia como Porta-bandeira.
Iara na apresentação do Pavilhão na eleição do Cortejo real 2020
Ela nos contou que tem dois momentos inesquecíveis em sua trajetória carnavalesca que ela sempre lembra. O primeiro que ela iniciou como Porta Bandeira e sem muita experiência não sabia como se portar, mas que admirava muito uma Porta Bandeira chamada Marlene, que era da Acadêmicos do Litoral, assim como tinha inspiração em Selminha Sorriso da Beija- Flor ( Rio de Janeiro).  Antigamente as escolas de samba desfilavam em dois dias, e eram julgadas nos dois dias, ela contou que ficou emocionada pois suas notas foram 9,5 e 10, pra ela foi uma coisa inesquecível.
Outro Momento foi quando estava na Ponta do Caju,e a costureira fez uma roupa muito grande, ela conta que pra sorte, a costureira fez a roupa em partes separadas, e mais, Iara falou que quem a socorreu foi Tino Zella, que amarrou sua saia com canudinhos, e assim foi ela para avenida. Depois que passou o desfile tiveram que cortar a fantasia, pois ficou tão bem preso que não conseguiram desamarrar.
Carnaval para Iara é uma coisa mágica, o transcender na avenida é inexplicável, pode sentir dores o que for, mas o momento em que está desfilando esquece dos problemas e curte ao máximo o momento.
Obrigado Iara por sua dedicação todos esses anos com o nosso carnaval e obrigado também por nos conceder essa entrevista.

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